quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ensinamentos de bicicleta, aprendendo com a queda

Quem de nós não teve um joelho esfolado? Sabidamente, quando criança, não há quem não diga que não levou um tombo. Ou de uma árvore, ou na brincadeira de pega-pega ou uma queda de uma bicicleta. Esse último então, há muitos relatos da forma que foi o tombo, mas que esfolou o joelho, ah... Esfolou. E a dor? E a surra além da dor? Sim, porque não basta cair, esfolar o joelho, tem que levar uma surra da mãe ou do pai porque se rasgou a roupa, porque estava fazendo traquinagem na rua, ou porque deixou de fazer o tema para ficar de algazarra na frente de casa. Dor em dobro.
Depois da queda vêm os cuidados com as feridas causadas. E dói. Dor ao quadrado. E vêm os famosos castigos. Sem ir para a rua brincar por causa dos ferimentos que ainda não cicatrizaram e por causa da traquinagem feita anteriormente. Dor multiplicada pela dor.
E assim é a vida. Caímos, machucamos, levantamos e seguimos em frente. Tanto com os tombos causados pela bicicleta quando criança, quanto com os tombos que levamos durante a vida. E existem muitos tombos na fase adulta.
Não há acordar e dormir sem um intervalo de quedas, reflexão e aprendizagens. O feio não é cair. Errar é fatal. Mas temos que aprender com elas. Ver uma nova forma de pedalar, ter atenção com o tipo de terreno a escolher para praticar as pedaladas enfim, há que haver reflexão e, por fim, aprendizagem.
Com o tempo, podemos distinguir entre o terreno plano e um passeio tranquilo a um terreno com lombas e obstáculos e viver perigosamente entre as pedaladas e os tombos. Cada um de nós pode escolher o tipo de estrada a percorrer.
A vida está aí. Votou certo, votou errado? Não votou? Sempre haverá uma nova chance de avaliar os caminhos e escolher por onde seguir: terrenos sombrios ou ensolarados? Até quando optaremos por continuar a esfolar nossos joelhos?

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