Quem de nós não teve um joelho esfolado? Sabidamente, quando criança, não há quem não diga que não levou um tombo. Ou de uma árvore, ou na brincadeira de pega-pega ou uma queda de uma bicicleta. Esse último então, há muitos relatos da forma que foi o tombo, mas que esfolou o joelho, ah... Esfolou. E a dor? E a surra além da dor? Sim, porque não basta cair, esfolar o joelho, tem que levar uma surra da mãe ou do pai porque se rasgou a roupa, porque estava fazendo traquinagem na rua, ou porque deixou de fazer o tema para ficar de algazarra na frente de casa. Dor em dobro.
Depois da queda vêm os cuidados com as feridas causadas. E dói. Dor ao quadrado. E vêm os famosos castigos. Sem ir para a rua brincar por causa dos ferimentos que ainda não cicatrizaram e por causa da traquinagem feita anteriormente. Dor multiplicada pela dor.
E assim é a vida. Caímos, machucamos, levantamos e seguimos em frente. Tanto com os tombos causados pela bicicleta quando criança, quanto com os tombos que levamos durante a vida. E existem muitos tombos na fase adulta.
Não há acordar e dormir sem um intervalo de quedas, reflexão e aprendizagens. O feio não é cair. Errar é fatal. Mas temos que aprender com elas. Ver uma nova forma de pedalar, ter atenção com o tipo de terreno a escolher para praticar as pedaladas enfim, há que haver reflexão e, por fim, aprendizagem.
Com o tempo, podemos distinguir entre o terreno plano e um passeio tranquilo a um terreno com lombas e obstáculos e viver perigosamente entre as pedaladas e os tombos. Cada um de nós pode escolher o tipo de estrada a percorrer.
A vida está aí. Votou certo, votou errado? Não votou? Sempre haverá uma nova chance de avaliar os caminhos e escolher por onde seguir: terrenos sombrios ou ensolarados? Até quando optaremos por continuar a esfolar nossos joelhos?
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